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Mostrando postagens de setembro, 2015

Amar verdadeiramente

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Amar verdadeiramente é tão essencial quanto existir É alcançar através do outro uma verdade sobre si Não é um jogo competitivo e sim cooperativo Não é provocar no outro a carência pela emoção É confessar a falta que sente de outro coração Não é agir dominado pelo ego de modo atroz É buscar docemente o que já possuímos em nós É recordar a nós mesmos pelos olhos de outra pessoa Através desse espelho que nos reflete e ressoa E assim nos completar sem anseio nem receio Sentindo-nos repletos ao nos enxergarmos por inteiros É nos conhecer ou reconhecer pelo que temos a oferecer No simples gesto de doar sem pensar em receber É não temer os riscos nem os fracassos das conquistas É permitir-se sonhar e saborear as delícias.

Oito minutos

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Se o sol se apagasse Nesse espaço infinito Ainda permaneceria vivo Por oito minutos... Devido ao tempo que percorre A velocidade da luz Nesse período que decorre Seu raiar ainda me conduz Mesmo apagado Seu calor ainda contagia Sua energia me inebria Seu brilho ilumina meu dia Meu tempo não é absoluto Posso viver uma vida inteira Ou ser chuva passageira No decorrer de oito minutos

Outro lugar

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Noite escura A chuva cai lá fora O vento frio invade o quarto Pela fresta da janela E me chama... Vou ao seu encontro Antes de poder raciocinar Corro na chuva sem pensar Que me molha cada vez mais Na emoção que emana... Meu corpo se arrepia Mas o frio de fora Não é maior que o de dentro Clamo pelo meu alento Que aparece e me contagia Em plena sinergia Quero que me esquente E sustente essa sensação Que me faz sentir viva Para que eu consiga Libertar-me da dor Sentir seu calor No toque das palavras Na espera e ânsia Na singela esperança De poder me encontrar E somente acordar Em outro lugar

Inspira-me

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Inspira-me Acenda meu dia com tua luz Segura minha mão e me conduz Pelo caminho já sem volta Traçado ao arrombar a porta Inspira-me Com o toque das palavras Que trilha essa tênue estrada Que já tirastes dos meus pés E me atirastes sem rumo ao convés Inspira-me Na arte do expressar profundo Ao desligar-me deste mundo Nessa conexão envolvente Que revela tudo que sente Inspira-me Doce inspiração Preencha meu coração Não posso mais esperar Queira logo retornar e me inspirar

Pela paz

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Por cada momento em que se perde no tempo Por cada segundo que modifica o mundo Por cada contato mesmo sem o tato Por cada sorriso jamais esquecido Por cada gesto mesmo incerto Pelo desejo perdido no medo Pela saudade na fragilidade Pela alegria que contagia Pelo amor atrás da dor Eu rogo poder relevar O sofrer que destrói A mágoa que corrói A solidão que atrai O pensar demais Que se esvai A presença Sem mais Pela paz

O amor

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O amor não morre, mas se cansa De ficar apenas na lembrança De ter de lidar com a ausência Quando se esconde na indiferença De ter de lidar com a intensa aflição Quando se "rouba" e não cuida de um coração De ter de lidar com a insegurança Provocada pelo ciúme que mata a esperança De ter de lidar com a cega paixão No desequilíbrio da emoção De ter de lidar com a saudade Na falta de carinho e amizade De ter de lidar com a dor De achar que vive em desamor De ter de sorrir querendo chorar Quando insiste em se afastar De não lidar com a sinceridade Por medo ou falta de sensibilidade De ter que se quebrar e se expor Suplicando um gesto em clamor E assim entra em estado de latência por séculos ou segundos Por não suportar mais viver no silêncio profundo