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Mostrando postagens de abril, 2017

Verdadeiras faces

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Confesso que tento prendê-las aqui dentro, mas às vezes elas fogem, me causando tormento. A dominadora provocante fica à espera de apenas uma brecha para escapar e se manifestar no início do ciclo, após o encerramento do mesmo pela dramática e romântica Julieta. Talvez na metade seja eu mesma, pela metade... A dominadora vive da volúpia expressa em palavras escritas, que penetram na alma como um hipnotizante olhar.   Já Julieta me persegue, e não cansa até que eu me entregue. Essa vive da faceta de um perfeito amor idealizado que nem sequer existe. Por que ainda insiste? Duas de várias verdadeiras faces de um mesmo Eu. Eu, quem sou? A essência por trás do observador.

Do abstrato ao tangível

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Vem cá... Entra no meu abraço Sinta todo meu corpo e afago Entrelace em mim os seus braços Conectados ao que não é meu nem seu À energia entre nós que nos preenche E fica presente quando estamos juntos É real! Como pode não ser? Emana de todo nosso ser Na união do lirismo crível “Do abstrato ao tangível”

Meu mundo intenso

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Solitário, me afasto Entro no meu espaço Distante pareço frio Antes fosse um vazio E não a sobrecarga de emoção Que não cabe em meu coração Intenso meu mundo é tenso Sinto o que todos sentem Mais que o suficiente É tudo demais Preciso de paz De repetição Da mesma ação Que me traz segurança E me dá esperança Por isso me retraio De mim não saio Não sei processar Nem expressar O muito que sinto Nem tudo que vivo Não por pouco gostar Mas por tanto amar (Homenagem aos Aspies)

AmAr-te

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Amar é uma arte Arte que emana do ser Quero instigar tua arte  Para Minh 'alma satisfazer  Tenho sede de uma arte  Que nunca me tocou  Nem declamou o amor Que não vive, é um clive Que se cala Na calada da noite Tudo ouve e nada fala Será que existe? É corporal, é carnal Quero além da carne! Apenas faça, sem farsa Deixe fluir, dê um sinal Torne a sina do sonho real Não quero mais ficar sem ti Mas precisa me fazer sentir Alcançar minha emoção Ao tocar com sua arte  Meu abstruso coração Para que eu possa então Numa infinita inspiração Ser mais que uma parte Unir-me a ti em arte Para sempre Amar-te

Navegar na emoção

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Inspiração... Permita-me navegar Pelas águas da emoção Fale comigo, dê-me abrigo Aqueça meu coração Que somente a ti pertence Ao revelar tudo o que sente Envolva-me com as palavras Que me aproximam E não me deixam ir Nem te ver partir Se espalhe pelo tempo E depois peça ao vento                                                             Que te traga aqui  Para o meu mar Para o meu peito  Para despertar Dentro de mim

Sensato coração

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Ele não se fechou Nem se trancou a sete chaves  Apenas se desvinculou e desencantou De qualquer lugar onde não encontrou amor Se libertou da prisão do verso reminiscente Interiorizou e guardou o que sente Aprendeu a lidar com a emoção  Virou sensato o coração 

Olhos da beleza e do amor

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Muitas coisas que vivi e ainda vivo nunca existiram Isso não é nenhum mistério, apenas projeção do que eu quero A “mania” de amar nos faz enxergar beleza de um modo simplório E que mal há se a beleza está em nossos olhos? Se é desse sentimento que nascem as artes Intenso universo do qual faço parte Ao enxergar o que não há em vários momentos Entrego-me, pois tudo é reflexo do meu sentimento Se eu fizer prevalecer os olhos da razão ao invés do coração Então não “farei mais arte” E nem mais esse monólogo aparte Por isso, mesmo às vezes invadida pela tristeza e dor Escolho enxergar a vida pelos olhos da beleza e do amor 

Carta ao meu amor

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Meu amor Esse ano estive em falta contigo Reflexo de tantos momentos perdidos em excessos Perdoe-me por ter tentado ser muito do pouco que me sobrava Por não ter conseguido enxergar nas entrelinhas dos caminhos Que não posso estacionar, à espera do que não vai voltar Por ter confundido intuição com a solidão das carências  E ter me doado até esgotar o lugar que é apenas seu Perdida na nebulosa desilusão da possibilidade que nunca existiu Nutri de migalhas de atenção esse coração  Que tanto sentiu, transbordou e se abriu Por acreditar que a nua verdade poderia modificar  Um mar de emoções, dúvidas e inseguranças  Ao expor sentimento em mensagens, palavras, tempo! Precioso tempo que o vento leva e fica só na lembrança  Perdoe-me por ter sido ausência para ti amor, que precisa da minha presença  Para me preencher de paz e alegria com apenas um olhar para dentro Perdoe-me por ter permitido outros apertos além dos abraços apertados Por ter sofrido l

Não me chateia o "não"

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Não me chateia o "não" Mas sim o "IN" Indiscrição Incoerência Intemperança Não me chateia o "não" Mas sim o "IN" Indecisão Indiferença Insegurança Só não me chateia a "inspiração" Essa não pira, e sim inspira minha ação

O sopro da brisa

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Será que há em algum lugar  O mesmo que existe aqui dentro?  Meu barco à deriva, meu alento Estímulo do meu talento Sou sua brisa! Sopro agora em seus ouvidos Com o suave toque das palavras Tudo o que vem de ti me agrada! Sou um doce mistério, um aparte Transformo rascunhos em artes Ao deixar marcas pelo teu corpo Ao penetrar na tua mente Levemente e intensamente Sim, quero te deixar louco! Pois enlouquecer de amor  É a única loucura que vale a pena Eu sou um dilema, sou um poema O adormecer ao som de um afago A definição de pecado e sagrado O que impulsiona o caminhar Fonte de prazer e de sonhar Sei que já é hora de partir Mesmo antes de iniciar  Está tudo desconexo Mas eu te quero! Quero te sentir Ah como eu quero O sopro dos teus versos

Pazes com a poesia

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Ela escolheu viver Sentir e voltar a seguir Se despir do que a faz sofrer Na renovação do seu íntimo ser  Ela não precisa de muitos cuidados Apenas de uma presença ao seu lado Na esperança de partilhar sentimentos Multiplicar momentos de doces emoções Dividir lágrimas ao ouvir profundas canções Somar sorrisos ao ler e escrever um livro Diminuir apenas os instantes de tristeza E em tudo voltar a enxergar beleza Na destreza de poder sonhar Na certeza de realizar um dia Na leveza de poder amar... Fazer as pazes com a poesia