Caça(dor) de amor


Na constante jornada da vida somos caçadores do belo, do novo, do amor... E também da própria dor.

Vivemos em busca de um sentido para a própria existência, algo que nos dê suporte, que nos mostre a essência escondida nos caminhos que levam à felicidade, sem saber que estes nos conduzem pela eternidade.

No mundo relativo em que vivemos, há uma relação de dependência entre o que consideramos opostos. Som e silêncio, luz e escuridão, conceitos de certo e errado, bem e mal, dor e prazer.

Na busca pelo prazer (felicidade) encontramos primeiro a dor (tristeza), e através desta descobrimos então o que há além. Inconscientemente caçamos a dor em tudo que existe, pois o prazer que depois persiste seria imperceptível sem antes a dor revelada.

Chorar, pedir, rezar, implorar, é o que fazemos para cessar o sofrer. Culpamos aos outros, ou a nós mesmos, pela infelicidade, em apelo ao Criador. Esquecendo-nos, porém, de que não cai uma folha de uma árvore que não seja de sua vontade. 

Não temos o controle da vida, mas em nosso pequeno livre arbítrio, de crianças ainda saindo do berço, traçamos nossos caminhos rumo ao aprendizado, à sabedoria, ao domínio das próprias vontades, conduzindo-nos a momentos de felicidade.

Outras formas de caminhar podem existir, e serem reais em mundos absolutos, nas infinitas moradas. Mas, é no relativo que a gente se encontra, na atual circunstância. Seja na coletividade ou na individualidade, caçamos o amor através da dor.

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